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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

"Parece que os requisitos para ter um cargo no alto escalão do governo são : não entender do assunto, não ter experiencia, ser de extrema direita, odiar Lula e o PT e ter uma visão totalmente equivocada do mundo que o cerca."


Análise de um Psiquiatra e psicanalista sobre Sérgio Moro. Aqui ele trás um diagnóstico de pacientes de (caracteres anais ) pra facilitar pra vcs Os ditos Perversos O caráter anal de Sérgio Moro é algo indisfarçável, vocês já notaram? Ele é apertado dentro dele como se não tivesse espaço nenhum, nunca vi nele um gesto espontâneo que denotasse vida viva, é econômico com sua fala medíocre de soquinhos, não tem um pingo de generosidade como é, aliás, típico dos caráteres anais quando estão muito doentes. Como tantos outros anais, Moro é cruel. Estamos tendo lições de crueldade da elite no poder, mas hoje o Moro se ultrapassou! Como será que que é viver nesse espaço psíquico apertado e cruel? Posso sentir daqui a coluna fecal que o sustenta e as ilhas de fezes mentais que cá e lá ele expele. Pobre ser, realmente um poveretto! Leopold Nosek. psiquiatra e psicanalista


Damares vai reavaliar indenizações pagas a vítimas da ditadura militar Jornal Valor Econômico Por Isadora Peron e Fernando Exman | De Brasília Nova responsável pela Comissão de Anistia, a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, decidiu fazer um pente-fino nas indenizações pagas pelo Estado brasileiro a vítimas da ditadura militar. A ministra também poderá mudar a composição do colegiado, o que pode impactar diretamente as próximas concessões. Um dos casos que deve ser analisado em breve pelo colegiado é o da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que tende a ser negado. Um ex-presidente da comissão afirmou, sob a condição de anonimato, que casos semelhantes ao de Dilma - que foi presa e torturada - sempre foram deferidos. "O caso dela se assemelha muito mais aos casos que historicamente foram deferidos pela comissão", disse. Auxiliares da ministra têm afirmado que a intenção do novo governo é abrir a "caixa-preta" do que chamam de excesso de benefícios já autorizados, além de passar a fazer uma análise "mais criteriosa" dos pedidos que ainda aguardam decisão. A princípio, essa revisão deve ficar restrita a indenizações pagas nos últimos cinco anos, mas há a possibilidade de ir além. Segundo a lei que criou a comissão, de 2002, o grupo de conselheiros elabora pareceres, mas o ministro tem a última palavra sobre os processos de reparação. Antes, essa prerrogativa era do ministro da Justiça. No entanto, o governo transferiu essa estrutura para o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. Uma das preocupações de quem atua na área é que os militares ganhem mais peso nas discussões e decisões da comissão. Também caberá à ministra a nomeação dos novos conselheiros. A última formação do colegiado era composta por 20 integrantes. Agora, ela tem carta-branca para escolher quem fará parte da comissão - e até para diminuir o número de conselheiros. A única exigência é ter ao menos um representante do Ministério da Defesa e um dos anistiados políticos. Desde que a Comissão da Anistia foi criada, em 2002, mais de 77,9 mil pedidos de reparações foram protocolados.
Desses, 39.329 foram atendidos. Hoje, há cerca de 13 mil pendentes. Em 2017, foram deferidos 52 processos e 129 indeferidos. Em 2018, foram autorizados 48 e negados 1.046. No total, o governo federal já pagou cerca de R$ 10 bilhões em indenizações. Há ainda o pagamento de R$ 7,5 bilhões que já foi autorizado, mas não foi realizado. Ex-secretário Nacional de Justiça, o advogado Beto Vasconcelos, do escritório Xavier Vasconcelos Valerim Advogados, disse que não está clara a motivação da medida. Para ele, mais importante do que a mudança administrativa em si, é saber quais foram as razões, pois isso poderá afetar direitos de reparação de pessoas que já estão em idade avançada. "Iniciativas de aprimoramento, integridade e, sobretudo, de transparência administrativa, são requisitos essenciais da atividade pública. O que se espera ser priorizado, também, é a identificação mais célere das vítimas da repressão do Estado, em especial, das pessoas mais simples que ainda não conseguiram acionar a Comissão de Anistia", afirmou. "Parece-me que a dívida que o Estado possui há anos com a sociedade é resolver o enorme passivo de processos de reparação e garantir efetivo processo de registro histórico sobre as violências estatais ocorridas nos períodos ditatoriais."




Entrevista com o advogado que visita Lula todos os dias


Aos 300 dias de prisão política, Lula tem em Manoel Caetano um interlocutor de todos os dias
Lula recebe a visita do advogado curitibano Manoel Caetano as tardes, com exceção de sábados e domingos. O advogado é quem traz informações sobre o andamento do processo, mas também acabou virando o amigo que debate a conjuntura política, que ouve as resenhas dos livros lidos pelo ex-presidente e testemunha momentos emocionantes como a visita do ex presidente do Uruguai, José Mujica. Em entrevista exclusiva para o Brasil de Fato, Caetano relata momentos marcantes destes encontros com Lula:
O ingresso de Caetano na equipe de defesa do ex presidente Lula se deu em 2017 quando o advogado Juarez Cirino deixa o processo. Era necessário um advogado em Curitiba para acompanhar de perto o andamento. Dois dias depois da prisão, Caetano tornou-se então o advogado que teria autorização para as visitas diárias.
Ana Carolina Caldas e Pedro Carrano
Brasil de Fato.Como acontece a sua designação para ser o advogado de Lula aqui em Curitiba?
Manoel Caetano: Quando o Juarez Cirino, criminalista, que era o advogado de Curitiba deixou a equipe de advogados que defendiam o ex-presidente Lula, ficaram sem ter alguém para o apoio aqui em Curitiba. Pela afinidade com a causa, pois eu já tinha feito trabalhos no processo de impeachment da presidente Dilma e pela amizade que eu tinha com o Dr. Roberto Teixeira, que é o advogado também do Lula, eu assumi a defesa para dar um apoio aqui na Vara Federal de Curitiba e no Tribunal Regional Federal, ambientes que eu já transito. Em 2017, eu ingressei no processo como um dos defensores. Quando o presidente Lula é preso eu fiquei incumbido de fazer visitas a ele por ser aqui da cidade. E, justamente por ele estar em uma sala sozinho, sem contato com outras pessoas, estas visitas tornam-se muito importantes. Desde que ele está aqui, eu vou lá praticamente todos os dias, menos sábado e domingo.

Como foi a primeira visita?
No passado me encontrei uma vez com o Lula muito rapidamente. Nunca tínhamos ficado os dois conversando. Então, dois dias depois da prisão do presidente, eu já fui lá. Fiquei pensando como iria iniciar essa conversa com ele. O que eu vou dizer para ele. Pois até hoje as pessoas que vão visitar, pensam que irão encontrar uma pessoa triste, de cabeça baixa. Cheguei lá, ele já me chamou pelo nome pois sabia que era eu que iria visita-lo como advogado. Falei que tínhamos algo em comum, que meus pais eram da cidade que fica a 50km de Garanhuns, a cidade que Lula nasceu. Daí em diante, fomos transformando estas visitas em amizade.
Sobre o que vocês conversam nestes encontros diários?
As conversas se iniciam com as informações sobre o andamento do processo, as sugestões do Lula que são passadas para a equipe jurídica. Depois, também falamos sobre a conjuntura política, vida pessoal. Ele conta várias histórias da vida dele. Para mim, tem sido uma experiência muito enriquecedora pois o presidente Lula é um homem muito culto e extremamente inteligente.
Qual o principal hábito dele no dia a dia?
Ele está lendo muito. Logo nos primeiros meses o Franklin Martins mandou um livro que mais de 700 páginas, chamado “Um defeito de cor”. Lembro que o Lula chegou a brincar com o tamanho do livro e disse, “mas quanto tempo será que ele pensa que vou ficar aqui?” Ele quer que a gente leia os livros para debater com ele.
Ele não poder receber visitas nos finais de semana o que dá um papel importante para a Vigília Lula Livre…
Lula tem um carinho especialíssimo pelo povo que fica na Vigília. Fala deles quase todos os dias. Para ele são fundamentais a existência e a resistência da vigília. Na minha análise, tem sido muito importante para manter o alto astral dele, em especial nos finais de semana quando não recebe visitas. Ele escuta tudo, as cantorias, o Bom Dia, o Boa Tarde e o Boa Noite.
Como é o Lula há 300 dias preso?
Posso dizer que ele está bem na medida de alguém que está preso. Em alguns momentos ele expressa revolta contra o sistema de justiça e todo este processo arbitrário de uma condenação sem provas. O incrível é que ele se mantém bem psicologicamente, está bem fisicamente, já teve algumas visitas médicas. Fazem bem as visitas da família, é o momento de festa mesmo. As visitas de cunho religioso também, porém agora houve uma decisão da justiça proibindo estas visitas que suponho farão falta para ele.
Você sendo interlocutor dele, já teve que conter a emoção?

Parece surreal. Muitas vezes vendo ele lá e sabendo de todo o processo, parece que não estou dentro da realidade. Lula sempre diz uma frase que o “ser humano tem uma enorme facilidade de se adaptar as realidades mais adversas”. Então isso acabou acontecendo com a gente depois de todos estes dias. Mas, no começo, nas primeiras vezes eu olhava para aquilo tudo e não me parecia que era verdade. Uma vez ele teve que escrever um bilhete para alguém, e a sala é retangular e ele ficou a uma certa distância e eu observando (interrompe emocionado...) bem, continuando eu me afastei e não suportei, comecei a chorar de ver aquela cena.
E como foi testemunhar visitas ilustres como Jose Mujica e tantos outros?Os momentos mais bonitos que eu testemunhei foram estas conversas com grandes amigos do Lula. Na conversa que ele teve com Mujica eu estava junto. E ver aqueles dois senhores donos de histórias tão importantes, conversando frente a frente, foi de muita emoção. A maioria das pessoas sai dizendo “olha presidente viemos aqui preocupados em trazer consolo e estamos saindo muito melhores do que entramos”. Lembro também da visita do ex-presidente da Colômbia (Ernesto Samper), o ex-prefeito da Cidade do México (Cuauhtémoc Cárdenas). O Lula, inclusive lembrou dos filhos dele, o que fez o Cárdenas se emocionar.
O Lula mandou dias desses um recado para o Chico Buarque?
Sim, mandou porque soube da morte da Miucha, irmã do Chico. Quando o Chico recebeu ficou emocionado, com a voz embargada e disse que não acreditava que o Lula ali preso ainda tivesse preocupações tão sensíveis com as pessoas.
Tem algum momento de tristeza do Lula que lhe marcou?
Faleceram alguns amigos do Lula. Então ele sentiu muito a morte, por exemplo, do advogado Dr. Rossi. E, mais recentemente sentiu a morte do Sigmaringa Seixas, que era um grande amigo. Essas notícias fizeram com que ele ficasse triste.
E os dias que anunciavam a possibilidade de soltura, o que acontecia?
Naquele domingo (dia 8 de julho) que aconteceram inúmeras decisões, ele, pessoalmente não acreditava que fosse sair. Porém, na parte da tarde o próprio pessoal da Polícia Federal chegou a dizer para ele que sairia. O que fez como que ele arrumasse as coisas, escreveu bilhete para o pessoal da Vigília. Mas daí acabou que tendo que ficar outra vez.
Como é a rotina de um dia do Lula na prisão?

Ele acorda, toma café, vai ler e escrever. Normalmente na hora que vai para fora faz os exercícios físicos, almoça. A tarde descansa, volta para as leituras e fazemos nosso encontro lá por volta das 15h30. Faz esteira dentro do quarto. A noite janta e fica até tarde lendo. Não assiste TV todos os dias, não.
Qual o sentimento atual dele?
Como ele tem a absoluta certeza que é inocente, acredita que será absolvido. Tem uma força incrível e não perde a esperança e não nos deixa perder também. Apesar de todas as dificuldades ele tem o pensamento que a justiça prevalecerá no final.

Foto: Denise Veiga
Da pág da Vigília Lula Livre.

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