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segunda-feira, 13 de agosto de 2018

‘Procedimento era soltar Lula’, afirma Galloro sobre dia em que Fraveto concedeu HC


Diretor-geral da PF contou que recebeu ligações de Raquel Dodge e Thompson Flores barrando procedimento para não seguir decisão

Jornal GGN - A interpretação de Rogério Galloro, diretor-geral da Polícia Federal, no fatídico domingo de 8 de julho, quando o então desembargador de plantão do TRF-4, Rogério Favreto, expediu a ordem de soltura do ex-presidente Lula, acatando Habeas Corpus impetrado pelos deputados federais Wadih Damous, Paulo Pimenta e Paulo Teixeira, foi de cumprir a decisão. Em entrevista ao Estado de São Paulo, Galloro destacou:
 
"Diante das divergências, decidimos fazer a nossa interpretação. Concluímos que iríamos cumprir a decisão do plantonista do TRF-4", completando que sua resposta para o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, no dia foi: "Ministro, nós vamos soltar".
 
O diretor-geral da PF conta que, logo em seguida, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge ligou para ele dizendo que estava protocolando no Superior Tribunal de Justiça (STJ) uma ação contra a soltura.
 
"Depois foi o (presidente do TRF-4) Thompson (Flores) quem nos ligou. ‘Eu estou determinando, não soltem’. O telefonema dele veio antes de expirar uma hora. Valeu o telefonema", resumiu a trajetória de mandos e desmandos que acabou culminando com a manutenção de Lula no cárcere.
 
O ex-presidente e candidato nessas eleições pelo PT, encontra-se desde o dia 7 de abril na superintendência da Polícia Federal, o que desagrada a instituição, revela Galloro. 
 
"O juiz Moro me ligou, pediu nosso apoio, ele sabe que não temos interesse nisso. Mas, em prol do bom relacionamento, nós cedemos". O porta-voz da PF explicou também que não são responsáveis pela organização e regras para visitas, "mas [sim] o juiz da Vara de Execuções Penais", completando:
 
"O Lula está lá de visita, de favor. Nas nossas novas superintendências não vão ter mais custódia. No Paraná, não vamos mexer agora. Só depois da Lava Jato".
 
Nesta entrevista, Garollo também comentou que não tentou trocar de delegado no inquérito que investigam irregularidades do presidente Temer no Decreto dos Portos e que não acredita que o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo, blindou Cleyber Malta (o delegado responsável) ao autorizar a prorrogação do inquérito.
 
"Não. Eu estive com o Cleyber antes de me tornar diretor-geral. Depois disso sequer o vi. Houve um momento em que eu coloquei 25 policiais para ajudá-lo. Foi no período anterior à decisão do ministro de prorrogar por mais 60 dias (...) Acho que o ministro quis dizer que Cleyber toca bem o caso. Na linha: ‘Olhe, não tire ele, não. Se ele entrar de férias, não põe outro no lugar’".
 
Sobre a abertura de inquérito contra professores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que protestam contra agentes da operação Ouvidos Moucos, que levou ao suicídio do ex-reitor Luiz Carlos Cancellier, defendeu sua instituição dizendo que não se trata de perseguição.
 
"Depois que o reitor se suicidou, uma situação terrível, começou um movimento de muita crítica às autoridades que participaram da investigação, a delegada, a juíza, o corregedor da universidade. Foram colocadas fotos deles dizendo: ‘autoridades que cometeram abuso de poder e mataram o reitor’. E essa faixa é exposta toda vez que fazem uma manifestação. E essas autoridades se sentiram ofendidas". 

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