Seguidores (Clique em SEGUIR)

Translate

sexta-feira, 26 de abril de 2019

Lula vai voltar ao poder e Moro vai fugir para Miami. Não acredita? Olha aí o cenário...



A crise econômica no Brasil foi provocada de propósito pelos golpistas. Eles acusam a Era Lula Dilma pela crise, mas é mentira. Eles adotam políticas para arruinar a economia por um motivo simples. Eles são rentistas, vivem do dinheiro recebendo juros escorchantes pagos pelo impostos, metade do Orçamento alimenta esses marajás agiotas. Os mais ricos, os grandes bancos, sabem que a tal dívida pública cresceu de modo criminoso e, no andar da carruagem, ela em algum momento viraria um imbróglio, parte substancial dela não seria honrada não por má vontade política do devedor, que é o povo brasileiro, mas por um previsível encilhamento. Assim, os golpistas deprimem a atividade econômica para que os bens, os ativos do Estado, possam ser comprados a preços de banana, são privatizados como xepa, caem nas mãos dos credores.

A dívida pública, curto e grosso, é a poupança de pessoas e instituições. O problema da dívida pública brasileira é que ela não nasce e nem cresce mediante um contrato de empréstimo, ela é uma galinha dos ovos de ouro, ela é administrada pelos próprios credores, que mandam no Banco Central e dali ditam as regras do roubo. Em nenhum lugar do mundo uma dívida pública paga juros tão altos e foi contraída de modo tão nocivo e lesivo ao povo.
Nenhum futuro governo, assim que a família Bolsonaro foi empichada e presa, vai dar calote na dívida pública. O que se fará é uma auditoria para separar a parte criminosa do crescimento da dívida. Em seguida, os juros ficarão civilizados porque o futuro governo usará parte das reservas internacionais não para pagá-la, mas para fazer a roda da economia voltar a rodar. As reservas continuarão no exterior, apenas servindo lá de garantia para que bancos e empresas do exterior, incluindo estatais estrangeiras, invistam no Brasil de novo num ciclo virtuoso de alta produção real com juros baixos, taxas de lucro acima da média do juros reais, e consumo crescente... e isso, claro, ocorrendo com Lula de volta ao poder e lavajateiros na cadeia, ou no exílio luxuoso de Miami...
Alfredo Henkenhoff

Lula: “Fico preso cem anos. Mas não troco minha dignidade pela minha liberdade”


O ex-presidente Lula falou com exclusividade ao EL PAÍS e à 'Folha' na superintendência da Polícia Federal em Curitiba, na manhã desta sexta-feira


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entra em um pequeno auditório da superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Lá dentro, é esperado pelos jornalistas do EL PAÍS e do jornal Folha de S. Paulo. Chega de tênis, camisa social, calça jeans e paletó cinza, e um calhamaço de papeis embaixo do braço. Senta-se numa mesa ao centro com alguns poucos microfones. Não está feliz nem triste. Nem tampouco envelhecido. Mas está diferente. “Tudo bem?”, diz ele aos presentes, ainda com o rosto um pouco fechado, e se dirige para uma mesa improvisada ao centro, onde fica de frente para o repórter do EL PAÍS e para Mônica Bergamo da Folha, que vão conduzir a entrevista. “Antes de vocês fazerem a primeira pergunta... quero fazer um micropronunciamento para tratar especificamente do meu caso, e depois do caso do Brasil”, diz ele, em tom grave.


Suas mãos tremem um pouco quando começa a ler. Seu rosto fica vermelho olhando para o texto que traz um rosário de críticas contra seus julgadores. “Sei muito bem qual lugar que a história me reserva. E sei também quem estará na lixeira.” Lula critica o ex-juiz Sergio Moro, responsável pela sua condenação, a Operação Lava Jato, e o procurador Deltan Dallagnol. “Reafirmo minha inocência, comprovada em diversas ações”. O silêncio é absoluto, apesar da presença de delegados da Polícia Federal e de três oficiais armados, todos a serviço da PF, que está sob o guarda-chuva do Ministério da Justiça, conduzido por Sergio Moro.
Lula está engasgado e sabe que esta entrevista é a oportunidade para falar depois de um ano silenciado pela prisão em abril de 2018. A conversa tem início e o ex-presidente ainda mantém um semblante sério. Mas uma pergunta quebra a rigidez. Quando é questionado sobre a morte do irmão Vavá, em janeiro deste ano, e o neto, Arthur Araújo Lula da Silva, de 7anos, dois meses depois.  “Esses dois momentos foram os mais graves”, lembra ele, citando também a perda do ex-deputado Sigmaringa Seixas, morto no final do ano passado. “O Vavá é como se fosse um pai pra família toda. E a morte do meu neto foi uma coisa que efetivamente não, não, não… [pausa e chora]. Eu às vezes penso que seria tão mais fácil que eu tivesse morrido. Porque eu já vivi 73 anos, eu poderia morrer e deixar meu neto viver."
“Não tem problema que eu fique aqui para o resto da vida. Quem não dorme bem é o Moro”
Lula diz que há outros momentos que o deixam triste, com uma mágoa profunda. “Quando vejo essa gente que me condenou na televisão, sabendo que eles são mentirosos, sabendo que eles forjaram uma história, aquela história do powerpoint do Dallagnol, aquilo nem o bisneto dele vai acreditar naquilo. Esse messianismo ignorante, sabe? Então eu tenho muitos momentos de tristeza aqui. Mas o que me mantém vivo, e é isso que eles têm que saber, eu tenho um compromisso com este país, com este povo”, completa.
Começa a entrevista, que virou caso de Justiça. Só foi realizada após a interferência do Supremo Tribunal Federal. Uma conversa que vai durar duas horas. E o ex-presidente começa a relaxar. É o Lula de sempre. Ele está igual. Quem esperava vê-lo envelhecido ou derrotado, se frustra. Ele tem fúria. E obsessão para provar sua inocência. “Não tem problema que eu fique aqui para o resto da vida. Quem não dorme bem é o Moro, Dallagnol e o juiz do TRF-4 [que confirmou sua condenação em segunda instância].”
Os detalhes desta conversa serão publicados ao longo do dia no site e nas redes sociais do EL PAÍS.



https://brasil.elpais.com/brasil/2019/04/26/politica/1556287380_455877.html?id_externo_rsoc=whatsapp&fbclid=IwAR2CZCQtnyKnVaDim3J-_HVvb1EPm63FAF9rL3KzQxX3ntOCaxX_bwPQAdI

Postagens mais Visitadas