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terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Aldeia indígena em PE tem escola e posto de saúde incendiados; índios temem novos ataques




Uma escola e um PSF (Posto de Saúde da Família) da aldeia Bem Querer de Baixo, localizada no município de Jatobá (PE), foram incendiados na madrugada desta segunda-feira (29). Os dois prédios estavam localizados na principal área de conflito indígena com posseiros, dentro da Terra Indígena dos Pankararus, localizada na região do médio do São Francisco em Pernambuco. Ninguém ficou ferido no ataque criminoso.

Segundo lideranças indígenas, a principal suspeita é retaliação de posseiros expulsos, que podem estar colocando medo na comunidade indígena depois que Jair Bolsonaro (PSL) foi eleito presidente da República. A aldeia Bem Querer de Baixo é a área de maior conflito de posseiros com os índios.

"Hoje nosso povo acorda com uma escola e um PSF destruídos pelo fogo do ódio, preconceito e da intolerância. A Escola São José e o PSF, prédios da Prefeitura de Jatobá, localizados na aldeia Bem Querer de Baixo, foram criminosamente incendiados tendo praticamente perda total da estrutura física, móveis, documentos, equipamentos... Pouca coisa se salvou", relatou em nota o povo Pankararu.


O UOL entrou em contato com lideranças indígenas, na noite desta segunda-feira, e os índios relataram que temem novos ataques e pediram para não serem identificados. Segundo uma liderança indígena, eles observaram nas câmeras de uma casa próxima ao PSF que na noite de domingo, por volta das 22h40, a luz do posto de saúde apagou. Na manhã desta segunda, os índios constataram que o prédio e a escola foram destruídos.

"O posto de saúde e a escola não são próximos e é muita coincidência dois prédios terem pegado fogo sem que alguém não tenha feito isso. Estamos amedrontados porque somos constantemente ameaçados por posseiros que foram expulsos em setembro. Pode ser um recado que eles terão respaldo para nos atacar com a eleição de Bolsonaro", disse uma liderança dos Pankararus que pediu para não ser identificada temendo represálias.

Durante a campanha eleitoral, o capitão reformado do Exército prometeu acabar com a "indústria da demarcação de terras indígenas" e prometeu "retaguarda jurídica" para proprietários de terra que sofrerem invasões. Ele também prometeu juntar os ministérios da Agricultura e Meio Ambiente, mas posteriormente voltou atrás.

Em setembro, 12 famílias de posseiros que moravam na aldeia Bem Querer de Baixo foram expulsas da invasão da Terra Indígena que ocupavam. A desocupação precisou de força policial, pois os posseiros descumpriram ordem judicial de deixarem o local pacificamente. Durante a desocupação da terra, posseiros ameaçaram os índios, de acordo com os Pankararus, e destruíram imóveis que foram construídos na área desocupada. Segundo os índios, os posseiros ocupavam 20% da Terra Indígena.







Locais sem câmeras de segurança


Sob constantes ameaças, as lideranças Pankararus instalaram câmeras para tentar intimidar a ação de criminosos. Entretanto, os dois prédios atacados não possuem circuito de imagens.


"Tanto a desocupação das nossas terras pelos posseiros, quanto as declarações de Bolsonaro sobre os índios gerou um grande discurso de ódio e esse ataque pode ser gerado por empolgação da eleição, além do conflito gerado pelos posseiros na reintegração de posse", contou a liderança indígena, que citou outras atitudes violentas sofridas. "Quando a área estava sendo desocupada, eles fizeram muitas ameaças e nos deixaram sem água quebrando a tubulação. As nove lideranças aqui vivem em suas casas com câmeras para todos os lados", completou.

Após os incêndios, os índios relataram que estão temerosos em dormirem na noite desta segunda, pois não há policiamento no local. "As entradas das aldeias não têm vigilantes e nós vamos tentar dormir mesmo com medo. Já tomamos medidas de segurança de não sair de casa à noite e não andar de moto para não ficarmos expostos. Hoje foi um prédio, mas se a polícia não agir, pode ser um de nós atacado", disse.


O povo Pankararu lamentou a perda dos prédios, que eram os únicos na aldeia. Eles afirmaram que os mais prejudicados aos ataques são as crianças, que estarão sem escola nas vésperas do fim do ano letivo, e a comunidade sem o PSF. O posto realizava cerca de 500 atendimentos por mês. "A nossa alma que é constantemente ferida, machucada... Mas, jamais silenciada", finaliza a nota.


As terras dos Pankararus têm 8.100 hectares distribuídos nos municípios de Petrolândia, Jatobá e Tacaratu, localizados na região do médio do Rio São Francisco. Atualmente, são 7.200 índios morando na aldeia.


A Polícia Civil de Pernambuco informou que está investigando o caso e que um inquérito policial foi instaurado, nesta segunda-feira, depois que uma equipe periciou as áreas incendiadas.


Aliny Gama
Colaboração para o UOL, em Maceió
https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2018/10/29/aldeia-indigena-em-pe-tem-escola-e-posto-de-saude-incendiados-indios-temem-novos-ataques.htm?fbclid=IwAR2dXITy6rxOrPsg1z7ZlzLwkF1_le4xQWmIi4HStB35VAe8KKLe-nWxw5Y

Fim do “socialismo” no Brasil significa a destruição das políticas sociais



Fim do “socialismo” no Brasil significa a destruição das políticas sociais 

 *José Álvaro de Lima Cardoso

 O governo Bolsonaro acena com a implantação de uma base militar dos Estados 
Unidos no Brasil, o que já se esperava, dado o grau de servilismo ao Império, por parte 
da equipe que assumiu o governo federal. A proposta não é consensual no interior do 
governo, que, mesmo sendo um dos mais entreguistas da história, é improvisado e 
atravessado por grandes contradições. Alguns oficiais de alto escalão das Forças 
Armadas, por exemplo, já se manifestaram com reservas em relação ao problema, 
observando que a medida não é coerente com a política de defesa do país, além de ser 
desnecessária para o momento, já que o Brasil não se encontra sob ameaça militar. 
 Temer já vinha negociando a concessão para os EUA, do Centro de Lançamento de 
Alcântara, da Força Aérea, no estado do Maranhão, tido como um dos melhores pontos 
de lançamento de foguetes e satélites do mundo. Pelo que se divulgou na imprensa, as 
condições dos norte-americanos, para uso da base, são de fato, imperiais. Querem 
alugar a base sem nenhum controle do governo brasileiro, o que significaria na prática, 
que o local seria tratado como território dos EUA. Apesar das contradições que suscita, 
esse tipo de concessão ao Império é típico desse governo, e deveremos assistir muitos 
atos semelhantes. Se a sociedade não reagir, inclusive, deveremos assistir ações ainda 
mais graves. 
 Ações contra a soberania nacional representam a outra face de ações contra as 
condições de vida da população. Não é por nenhum acaso que, ao mesmo tempo, em 
que acena com a entrega da Base de Alcântara para os EUA, o governo afirma que irá 
acabar com o “socialismo” no Brasil. Essa frase não deve ser vista apenas como uma 
afirmação ridícula (que é, de fato), mas deve ser corretamente interpretada: fim do 
socialismo significa fim das políticas sociais, fruto de anos de lutas, como a Seguridade 
Social (que abrange SUS, Assistência Social e Previdência Social). Políticas como a de 
combate a fome, que conseguiu o mais importante avanço social do país nos últimos 50 
anos (tirando o Brasil do Mapa da Fome, da ONU) são consideradas “socialismo” e portanto, deverão ser esvaziadas, conduzindo o país de volta para o famigerado Mapa. É 
bastante sintomático, aliás, que uma das primeiras medidas de Bolsonaro tenha sido a 
extinção do Conselho de Segurança Alimentar. 
 Paulo Guedes e sua equipe têm uma missão, sobre a qual não disfarçam, que é 
aprofundar as ações decorrentes do golpe de Estado em andamento no Brasil, no 
referente ao fim da soberania e dos direitos sociais e trabalhistas. Irão destruir 
instrumentos públicos de intervenção estratégica, que respondem pelo fato de que, entre 
1950 e 1980 o Brasil foi o país que mais fez crescer o seu PIB no mundo. Pretendem 
entregar o país para o sistema financeiro e grandes grupos multinacionais, que não têm 
nenhum compromisso com projeto nacional o bem-estar da população. A política geral, 
é de desmonte de tudo que é público e sabem que precisam aproveitar os primeiros 
meses de governo, quando a população ainda estará hipnotizada por todo o processo de 
guerra híbrida do qual é vítima.


 Entrega das riquezas nacionais e da soberania, e destruição de direitos, são duas 
faces da mesma moeda. Por exemplo, o Orçamento da União, havia estipulado que o 
salário mínimo de 2019 seria de R$ 1.006, mas Bolsonaro assinou um decreto 
estipulando o orçamento em R$ 998, R$ 8 a menos. Essa diferença, aparentemente 
insignificante, que individualmente representa quase nada, significa uma enorme 
redução da massa salarial, já que no Brasil 48 milhões de pessoas têm sua renda 
referenciada no salário mínimo nacional, segundo estudo recente do DIEESE. Retirar 
R$ 8 reais do salário mínimo significa tirar de circulação (para aposentados, 
trabalhadores que recebem 1 ou 2 salários mínimo, empregadas domésticas, etc.) 
bilhões de reais em um ano. 
 De um lado enfraquecem o Estado nacional, entregando as riquezas nacionais, 
destruindo as políticas de soberania energética, desmontando a Petrobrás e entregando o 
Pré-sal, negociando as reservas estratégicas de água para as multinacionais (incluindo o 
Aquífero Guarani) e reduzindo o orçamento em ciência e tecnologia. De outro lado, 
destroem mercado interno, desmontam as políticas de segurança alimentar fazendo aumentar a fome, congelaram gastos primários (como educação e saúde) por 20 anos, 
inviabilizam as empresas nacionais (inclusive do setor privado), liquidaram as leis de 
proteção ao trabalho, estão destruindo o que sobrou da indústria e condenando o Brasil a 
ser um eterno fornecedor de matérias primas para o mundo desenvolvido. Lutar contra 
tudo isso não é uma escolha, mas uma imposição da realidade e uma questão de 
sobrevivência. 

 *Economista 07.01.19

CAROS ELEITORES DE BOLSONARO Tenho 03 verdades para dizer pra vocês:



CAROS ELEITORES DE BOLSONARO
Tenho 03 verdades para dizer pra vocês:

1. VOCÊS NÃO SÃO A MAIORIA
Mais de 89 MILHÕES de brasileiros NÃO votaram em Bolsonaro,
o qual recebeu apenas 57 milhões de votos.

E, não, não existem 89 milhões de petistas no Brasil.

Não é porque a pessoa não votou em Bolsonaro
que ela é petista ou adora o Lula.

Existem 73 partidos políticos no Brasil,
e apenas 15 milhões de pessoas são filiadas a partidos políticos,
dos quais o PT conta com apenas 2 milhões de filiados.
Então aceite: ao menos 87 milhões de pessoas NÃO votaram em Bolsonaro
e não são do PT.

2. TODO PRESIDENTE RECEBE CRÍTICAS
Fernando Collor recebeu críticas e várias manifestações foram feitas até ele receber o Impeachment.

FHC também sofreu duras críticas e também quiseram tirá-lo do poder.

Lula, mesmo no ápice de sua popularidade, sofreu críticas e quiseram tirá-lo do poder.

Dilma foi criticada do início ao fim de seu governo, e as maiores manifestações da história deste país foram feitas até ela ser retirada do poder.

Temer, então, ouviu Fora Temer até sair do poder.

Então por que raios vocês não querem aceitar críticas ao Bolsonaro?
Ele é algum Deus?

Ele será criticado sempre que fizer coisas ruins para a população, sim, enquanto houver democracia e pessoas de bom senso neste país.

Aceitem que dói menos.


3. POLÍTICA NÃO É CAMPEONATO DE FUTEBOL
Parem com esse mimimi de que tem gente torcendo contra.
Não existe essa história de que há pessoas torcendo pra dar errado.
Ninguém quer ver o Brasil afundando.

Tenham maturidade política para cobrar uma boa gestão do Presidente que ajudaram a eleger.
Se ele acertar, aplaudam.
Se errar, critiquem.
Se fizer algo inaceitável, retirem ele do poder.

Na primeira semana, Bolsonaro nomeou 9 ministros investigados por corrupção, 01 dos quais é réu confesso e ele nomeou como Chefe da Casa Civil;

Nesta mesma semana ele decretou censura ao COAF para que o departamento não divulgue mais nada a respeito do caso Queiroz, numa atitude descarada para encobrir o escândalo de corrupção envolvendo sua família;

Para completar, aliou-se a Rodrigo Maia (DEM), que está atolado em escândalos de corrupção, e o indicou para Presidência da Câmara dos Deputados.

Enquanto isso, deu reajuste menor do que o previsto para o salário mínimo, extinguiu o Ministério da Cultura e o Ministério do Trabalho, e já anunciou que vai extinguir a Justiça do Trabalho também, porque segundo ele é muito difícil ser patrão neste país, e o brasileiro tem que optar entre ter direitos ou ter emprego.

Por fim, entregou a chave do galinheiro às raposas: agora o Ministério da Agricultura é que demarcará as reservas indígenas, o que certamente fará aumentar o desmatamento em nosso país.

Ou seja, não é cedo para criticar: em 01 semana Bolsonaro já causou o retrocesso de décadas.

Portanto, entendam:
Bolsonaro não é um santo. Vocês não estão numa igreja.
Comportem-se como eleitores conscientes,
não como fanáticos alienados.

:::: Augusto Branco

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