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domingo, 24 de novembro de 2019

Leia o discurso de Lula na abertura do 7º Congresso Nacional do PT Ex-presidente ressalta trajetória de luta do Partido dos Trabalhadores ao longo de 39 anos de história em defesa dos direitos do povo brasileiro e da democracia do país


Leia o discurso de Lula na abertura do 7º Congresso Nacional doCompanheiras e companheiros do PT,


Ex-presidente ressalta trajetória de luta do Partido dos Trabalhadores ao longo de 39 anos de história em defesa dos direitos do povo brasileiro e da democracia do país.  

Companheiras e companheiros do PT,
Convidados de todo o Brasil e de outros países,
Minhas amigas, meus amigos,
Esperei muito tempo para poder falar livremente ao povo brasileiro. Esse dia finalmente chegou, e minha primeira palavra tem de ser de agradecimento, pela solidariedade, pelo carinho e pelas manifestações de quem não desistiu de lutar e vai continuar lutando pela verdadeira justiça.
Durante 580 dias fui isolado da família, dos amigos e companheiros, apartado do povo, mesmo tendo o direito constitucional de recorrer em liberdade contra a sentença injusta e fraudulenta de um juiz parcial. Um direito que somente agora foi proclamado pelo Supremo Tribunal Federal, para todos, sem exceção.
Com as armas da verdade e da lei, continuarei lutando para que os tribunais reconheçam, agora, que fui condenado por quem sequer poderia ter me julgado: um ex-juiz que atuou fora da lei, grampeou advogados, mentiu ao país e aos tribunais, antes de desnudar seus objetivos políticos. Lutarei para que seja anulada a sentença e me deem o julgamento justo que não tive.
Aos 74 anos de idade, não tenho no coração lugar para ódio e rancor. Mas quem nesse país já sofreu a humilhação de uma acusação falsa, por causa da cor de sua pele ou por sua origem social humilde, conhece o peso do preconceito e é capaz de sentir o quanto fui ferido em minha dignidade. E isso não se apaga.
Nada nem ninguém vai devolver o pedaço arrancado da minha existência, mas quero dizer que aproveitei esses 580 dias para ler, estudar, refletir e reforçar meu compromisso com o Brasil e com nosso povo sofrido. Voltei com muita vontade de falar sobre o presente e principalmente sobre o futuro do Brasil.
Mas logo depois da minha primeira fala, de volta ao sindicato onde passei o último momento de liberdade, disseram que eu deveria ter cuidado para não polarizar o país. Que seria melhor calar certas verdades para não tumultuar o ambiente político, para o PT não provocar uma ameaça à democracia.
Vamos deixar uma coisa bem clara: se existe um partido identificado com a democracia no Brasil é o Partido dos Trabalhadores. O PT nasceu lutando pela liberdade durante a ditadura. Não tentem negar essa verdade porque nós apanhamos da repressão, fomos perseguidos, presos e enquadrados na Lei de Segurança Nacional por defender essa ideia.
Desde que foi criado, há quase 40 anos, o PT disputou dentro da lei e pacificamente todas as eleições neste país. Quando perdemos, aceitamos o resultado e fizemos oposição, como determinaram as urnas. Quando vencemos, governamos com diálogo social, participação popular e respeito às instituições.
Outros partidos mudaram as regras da reeleição em benefício próprio. Nós rejeitamos essa ideia, mesmo gozando de uma aprovação que nenhum outro governo jamais teve, porque sempre entendemos que não se pode brincar com a democracia.
Não fomos nós que falamos em fechar o Congresso, muito menos o Supremo, com um cabo e um soldado. Em nossos governos, as Forças Armadas foram respeitadas e os chefes militares respeitaram as instituições, cumprindo estritamente o papel que a Constituição lhes reserva. Nenhum general deu murro na mesa nem esbravejou contra líderes políticos.
Não fomos nós que pedimos anulação do pleito só para desgastar o partido vencedor; que sabotamos a economia do país para forçar um impeachment sem crime; que sustentamos uma farsa judicial e midiática para tirar do páreo o candidato líder nas pesquisas.
Não fomos nós os responsáveis, ativos ou omissos, pela eleição de um candidato que tem ojeriza à democracia; que foi poupado de enfrentar o debate de propostas, que montou uma indústria de mentiras com dinheiro sujo, sob a complacência da mesma Justiça Eleitoral que, desacatando uma decisão da ONU, cassou o candidato que poderia derrotá-lo.
São essas pessoas que agora nos dizem para não polarizar o país. Como se polarização fosse sinônimo de extremismo político e ideológico. Como se o Brasil já não estivesse há séculos polarizado entre os poucos que têm tudo e os muitos que nada têm. Como se fosse possível não se opor a um governo de destruição do país, dos direitos, da liberdade e até da civilização.
Aos que criticam ou temem a polarização, temos que ter a coragem de dizer: nós somos, sim, o oposto de Bolsonaro. Não dá para ficar em cima do muro ou no meio do caminho: somos e seremos oposição a esse governo de extrema-direita que gera desemprego e exige que os desempregados paguem a conta.
Somos e seremos oposição a um governo que rasga direitos dos trabalhadores e reduz o valor real do salário mínimo. Que aumenta a extrema pobreza e traz de volta o flagelo da fome. Que destrói o meio ambiente. Que ataca mulheres, negros, indígenas e a população LGBT; ataca qualquer um que ouse discordar.
Somos, sim, radicais na defesa da soberania nacional, da universidade pública e gratuita, do Sistema Único de Saúde, público, gratuito e universal. Nós não somos meia oposição; somos oposição e meia aos inimigos da educação, da cultura, da ciência e da tecnologia. Nós não aceitamos mais censura, tortura, AI-5 e perseguição a adversários políticos.
Andam negando essa verdade científica, mas a Terra é redonda e nós estamos, sim, em polos opostos: enquanto eles semeiam o ódio, nós vamos mostrar a eles o que o amor é capaz de fazer por este país.
Companheiras e companheiros,
Já foi dito que o PT nasceu para mudar o Brasil. E mudou. Porque trazemos na origem o compromisso com os trabalhadores, com os mais pobres, com os que carregaram ao longo de séculos o peso da exclusão e da desigualdade. Porque pela primeira vez fizemos um governo para todos os brasileiros e brasileiras, e isso fez toda a diferença em nosso país.
Se fosse para governar apenas para uma parte da população, o Brasil não precisaria do PT.
Para o mercado decidir quem pode e quem não pode se aposentar, quanto vai custar o gás de cozinha, o combustível, a energia elétrica, visando somente o lucro, o Brasil não precisaria do PT.
Se fosse para entregar ao estrangeiro as riquezas naturais, o petróleo, as águas, as empresas que o povo brasileiro construiu, o Brasil não precisaria do PT.
Se fosse para queimar a floresta, envenenar a comida com agrotóxicos, deixar impunes crimes como os de Mariana e Brumadinho, ignorar desastres como o óleo no litoral do Nordeste, quem precisaria do PT?
Para o filho do rico estudar nas melhores universidades do mundo e o filho do trabalhador ter de largar a escola pra sustentar a família, o Brasil não precisaria do PT.
Se é para alguns terem mansão em Miami e muitos viverem debaixo do viaduto; para o rico ficar isento até do imposto de herança e o trabalhador carregar o peso do imposto de renda, o Brasil não precisaria do PT.
Para manter a mais escandalosa concentração de renda do planeta Terra, para o rico continuar cada vez mais rico e o pobre ficar cada dia mais pobre, aí mesmo é que o Brasil não precisaria do PT.
Porque o maior inimigo do Brasil hoje e desde sempre é a desigualdade, esse vergonhoso fosso em que 1% da população detém 30% da renda nacional e para a metade mais pobre sobram 17%, as migalhas de um banquete indecente.
Mas se este país quer superar a chaga imensa da desigualdade, recuperar a soberania e o seu lugar no mundo, se quer voltar a crescer em benefício de todos os brasileiros e brasileiras, o Partido dos Trabalhadores é mais do que necessário: ele é imprescindível.
Esta é a enorme responsabilidade que estamos recebendo. O Brasil nunca precisou tanto do PT. E o PT tem de ser grande o bastante para corresponder ao que o país espera de nós. Tem de estar unido, forte e cada vez mais conectado com o povo brasileiro.
Temos a responsabilidade de renovar o partido, compreender o que mudou na sociedade brasileira nesses 40 anos e buscar as respostas para os novos desafios. Fomos forjados na luta em defesa da classe trabalhadora.
O peso da injustiça recai hoje sobre os motoristas de aplicativos, os jovens que perdem a saúde e arriscam a vida fazendo entregas em motos, bicicletas, ou mesmo a pé. Os que não têm a quem recorrer por seus direitos, porque a única relação de trabalho que conhecem não é a carteira profissional, mas um telefone celular que ele precisa recarregar desesperadamente.
Esse é o lugar que resta aos deserdados de um modelo neoliberal excludente, cada vez mais desumano. Um mundo em que o mercado é deus e em que a solidariedade deixa de ser um valor universal, substituída por uma competição individualista feroz.
É com esse mundo novo que o PT precisa dialogar, sem abrir mão de nossos compromissos históricos, mantendo os pés firmes no presente e mirando sempre o futuro. Se as formas de exploração mudaram, a injustiça e a desigualdade permanecem e são cada vez mais cruéis. Temos de estar mais organizados, mais fortes, conscientes e mais decididos do que nunca a construir um país mais generoso, solidário e mais justo. É por isso que o Brasil precisa tanto do PT.
Companheiras e companheiros,
Salvar o país da destruição e do caos social que este governo está produzindo não é tarefa para um único partido. Fomos eleitos e governamos em aliança com outras forças do campo popular e democrático. Por mais que tentem nos isolar, estamos juntos na oposição com partidos da centro-esquerda e estamos com os movimentos sociais, as centrais sindicais e importantes lideranças da sociedade.
Embora tantos tenham cometido erros antes e depois dos nossos governos, é somente do PT que exigem a autocrítica que fazemos todos os dias. Na verdade, querem de nós um humilhante ato de contrição, como se tivéssemos de pedir perdão por continuar existindo no coração do povo brasileiro, apesar de tudo que fizeram para nos destruir. Preciso dizer algumas verdades sobre isso.
O maior erro que nós cometemos foi não ter feito mais e melhor, de uma forma tão contundente que jamais fosse possível esse país voltar a ser governado contra o povo, contra os interesses nacionais, contra a liberdade e a democracia, como está sendo hoje.
Deveríamos ter feito mais universidades do que fizemos, mais reforma agrária, mais Luz Pra Todos, mais Minha Casa Minha Vida, mais Bolsa Família e mais investimento público.
Teríamos de ter conversado muito mais com o povo e com os trabalhadores, conversado mais com os jovens que não viveram o tempo em que o Brasil era governado para poucos e não para todos.
Também tínhamos de ter trabalhado muito mais para democratizar o acesso à informação e aos meios de comunicação, apoiado mais as rádios comunitárias, fortalecido mais a televisão pública, a imprensa regional, o jornalismo independente na internet.
Antes que a Rede Globo me acuse outra vez pelo que não disse nem fiz, não ousem me comparar ao presidente que eles escolheram. Jamais ameacei e jamais ameaçaria cassar arbitrariamente uma concessão de TV, mesmo sendo atacado sem direito de resposta e censurado como sou pelo jornalismo da Globo.
Eu sempre disse que jamais teria chegado onde cheguei se não tivesse lutado pela liberdade de imprensa. Hoje entendo, com muita convicção, que liberdade de imprensa tem de ser um direito de todos, não pode ser privilégio de alguns.
Não pode um grupo familiar decidir sozinho o que é notícia e o que não é, com base unicamente em seus interesses políticos e econômicos.
Entendo que democratizar a comunicação não é fechar uma TV, é abrir muitas. É fazer a regulação constitucional que está parada há 31 anos, à espera de um momento de coragem do Congresso Nacional. É fazer cumprir a lei do direito de resposta. E é principalmente abrir mais escolas e universidades, levar mais informação e consciência para que as pessoas se libertem do monopólio.
Enfim, penso que teríamos de ter lutado com mais vontade e organização, fortalecido ainda mais a democracia, para jamais permitir que o Brasil voltasse a ter um governo de destruição e de exclusão social como voltou a ter desde o golpe de 2016.
A autocrítica que o Brasil espera é a dos que apoiaram, nos últimos três anos, a implantação do projeto neoliberal que não deu certo em lugar nenhum do mundo, que vai destruir a previdência pública e que ao invés de gerar os empregos que o povo precisa está implantando novas formas de exploração.
A autocrítica que a democracia e o estado de direito esperam é daqueles que, na mídia, no Congresso, em setores do Judiciário e do Ministério Público, promoveram, em nome da ética, a maior farsa judicial que este país já assistiu.
O mundo hoje sabe que, ao contrário de combater a impunidade e a corrupção, a Lava Jato corrompeu-se e corrompeu o processo eleitoral e uma parte do sistema judicial brasileiro. Deixou impunes dezenas de criminosos confessos que Sérgio Moro perdoou e que continuam muito ricos.
Como podem dizer que combateram a impunidade se soltaram pelo menos 130 dos 159 réus que ele mesmo havia condenado? Negociaram todo tipo de benefício com criminosos confessos, venderam até o perdão de pena que a lei não prevê, em troca de qualquer palavra que servisse para prejudicar o Lula.
Que ética é essa que condena 2 milhões de trabalhadores, sem apelação, destruindo empresas para salvar os patrões acusados de corrupção?
Não tem moral, não tem autoridade para discutir ética quem deu cobertura aos procuradores de Deltan Dallagnol e Rodrigo Janot quando eles entregaram a Petrobrás aos tribunais dos Estados Unidos, um crime de lesa-pátria que já custou quase 5 bilhões de dólares ao povo brasileiro.
Temos muito o que falar sobre ética, sobre combate à corrupção e à impunidade. Mas acima de tudo temos que falar a verdade.
Meus amigos e minhas amigas,
Alguns professores de deus defendem um modelo suicida de austeridade fiscal e redução do estado, que não deu certo em nenhum lugar do mundo. Tiveram o apoio da mídia e das instituições para culpar os governos do PT por tudo de ruim que havia no Brasil. Mentiram que tirando o PT do governo tudo se resolveria, por obra do mercado e do ajuste fiscal. E os problemas se agravaram ainda mais.
Os indicadores econômicos do Brasil pioraram: a balança comercial em queda, a economia paralisada, setores da indústria destruídos, o investimento público e privado inexistente, o rombo nas contas aumentado irresponsavelmente por razões políticas. O custo de vida dos pobres aumentou e as pessoas voltaram a cozinhar com lenha porque não podem comprar um botijão de gás.
É preciso dizer umas verdades sobre isso também.
A primeira delas é que o Brasil só não quebrou ainda por causa da herança dos governos do PT. Por causa dos 370 bilhões de dólares em reservas internacionais que acumulamos e querem queimar na conta dos juros. Por causa dos mercados internacionais que abrimos e que uma política externa irresponsável está fechando. Por causa do pré-sal que descobrimos e que estão vendendo na bacia das almas.
O Brasil só não está passando por uma convulsão social extrema por causa da herança dos governos do PT. Porque não conseguiram acabar com o Bolsa Família, último recurso de milhões de deserdados. Porque milhões de famílias ainda produzem no campo, para onde levamos água, energia, tecnologia e recursos em nosso governo. E também porque não conseguiram destruir ainda os sistemas públicos de saúde, educação e segurança, mas fatalmente isso irá ocorrer pela criminosa política de cortes do investimento público.
Sempre acreditei que o povo brasileiro é capaz de construir uma grande Nação, à altura dos nossos sonhos, das nossas imensas riquezas naturais e humanas, neste lugar privilegiado em que vivemos. Já provamos que é possível enfrentar o atraso, a pobreza e a desigualdade, desafiando poderosos interesses contrários ao país e ao povo.
Soberania significa independência, autonomia, liberdade. O contrário é dependência, servidão, submissão. É o que está acontecendo hoje. Estão entregando criminosamente a outros países as empresas, os bancos, o petróleo, os minerais e o patrimônio que pertence ao povo brasileiro. Trair a soberania é o maior crime que um governo pode cometer contra seu país e seu povo.
A Petrobrás está sendo vendida em fatias a suas concorrentes estrangeiras.
Fiquem alertas os que estão se aproveitando dessa farra de entreguismo e privatização predatória, porque não vai durar para sempre. O povo brasileiro há de encontrar os meios de recuperar aquilo que lhe pertence. E saberá cobrar os crimes dos que estão traindo, entregando e destruindo o país.
Tão importante quanto defender o patrimônio público ameaçado é preservar os recursos naturais e nossa riquíssima biodiversidade. Utilizar esse patrimônio, fonte de vida, com responsabilidade social e ambiental.
Um país que não garante educação pública de qualidade a todas as suas crianças, adolescentes e jovens não se prepara para o futuro.
Mas parece que enfiaram o Brasil à força numa máquina do tempo e nos enviaram de volta a um passado que a gente já tinha superado. O passado da escravidão, da fome, do desemprego em massa, da dependência externa, da censura, do obscurantismo.
O Brasil precisa embarcar de volta para o futuro. E não tem ninguém melhor para pilotar essa máquina do tempo do que a juventude desse país. Porque essa juventude, seja ela branca, negra ou indígena, ela quer ensino de qualidade, quer adquirir conhecimento, quer de volta as oportunidades de trabalho digno, sem alienação e sem humilhações.
Essa juventude quer e merece um mundo melhor do que este em que estamos vivendo.
Hoje me coloco à disposição do Brasil para contribuir nessa travessia para uma vida melhor, vida em plenitude, especialmente para os que não podem ser abandonados pelo caminho.
Sem ódio nem rancor, que nada constroem, mas consciente de que o povo brasileiro quer retomar a construção de seu destino; de que temos de fazer juntos um Brasil soberano, democrático, justo, em que todos e todas tenham oportunidades iguais de crescer e sonhar.
O futuro será nosso, o futuro será do Brasil!
Muito obrigado!
Luiz Inácio Lula da Silva











Lula chorou... ...

LULA NÃO É NORMAL

Ontem, numa atividade pequena da JPT, cerca de 40 dirigentes do Brasil e outros países latino americanos, Lula, acostumado com multidões, se emocionou. Mas se emocionou como há tempos não via, mesmo tendo fama de ser emotivo.

Mas Lula, que passou 580 dias preso, sozinho numa cela, e está solto há menos de 2 semanas, não chorou pela sua liberdade. Não chorou por ter narrado ou lembrado de seu martírio injusto na prisão. Não chorou sequer por estar agradecendo a solidariedade que recebeu de grande parte do povo. O que seria previsível para qualquer "ser normal".

LULA chorou quando nos lembrou que ainda existe milhões Que "vão dormir sem ter O Que comer", mesmo com 1/3 Da produção de alimentos indo pro lixo. Chorou quase sem conseguir falar quando disse que leu muito sobre a escravidão na prisão, e que "hoje compreende muito mais" as mazelas do nosso continente. Chorou pq o Brasil voltou para o mapa da fome.

Seu choro, longe de um choro de arrependimento daquilo que fez pelo país e pelo continente, é um choro de angústia por querer fazer muito mais, até o corpo permitir, até o último segundo de sua (ainda longa) vida.

E nos deu essa mesma tarefa a todos que estavam lá. A de namorar tb, pq a vida é pra ser aproveitada.

É incrível a capacidade de Lula de ainda se emocionar tanto, depois de tantos anos.Isso prova o quão verdadeira é sua luta e seu desejo de trazer dignidade pro povo.

Eu só posso agradecer o privilégio de ter recebido esse dever, e realizá -lo com todas minhas forças.

Esse cara não é normal...
Silvana Rocha

Documentário mostra como a Lava Jato destruiu a boa parte da economia do Brasil em poucos meses. Afinal, quem ganha com a quebra da indústria nacional?

Documentário revela como a "Lava Jato", e toda sua estrutura destruiu a economia do pais.






Em 2014 o Brasil viveu o melhor momento de sua economia chamado de pleno emprego, reflexo mensurado pelo crescimento de postos de trabalho. Então, como o país chegou a atual situação de crise econômica? O documentário Destruição a Jato procura entender os efeitos da operação tocada pela Polícia Federal e explica como a Lava Jato trouxe uma série de consequências para o cenário econômico.
O filme mostra a repercussão na opinião pública, da operação que prendeu políticos e empresários acusados de corrupção em desvios de dinheiro, envolvendo a empresa Petrobras. Apesar de popular, ela foi contestada por juristas e uma pequena parcela da população, além de receber pedidos de explicação da Organização das Nações Unidas (ONU) ao Brasil sobre os procedimentos adotados quando as ações envolveram o ex-presidente Lula.
O vídeo tem duas partes: uma de análise econômica da ação, no primeiro vídeo de 22 minutos e 48 segundos; e outra sobre as acusações de violações de direitos e partidarização.
A partir de fatos noticiados na impressa, são feitos alguns questionamentos sobre o quanto a investigação foi ou não positiva para o país, explicando o que pode estar por trás dessa operação policial. Como exemplo, o documentário cita a expansão de empresas chinesas no país, após o declínio de companhias nacionais que entraram em crise econômica por não conseguirem empréstimos, ao terem seus nomes relacionados ao escândalo de corrupção.
Mas como punir empresas que cometeram tais crimes? O documentário responde a pergunta e exemplifica ao longo do filme. Há ainda falas como a do procurador da república e ex-ministro da justiça Eugênio Aragão. Ele afirma, que “a Lava Jato vai ter um saldo extremamente negativo na nossa economia, e esse é um saldo que nós teremos que pagar por algumas décadas”.
Ex-funcionários do estaleiro Enseada do Paraguaçu, que fica localizado em Maragogipe, no Recôncavo baiano também aparecem no documentário e revelam como a operação incidiu na crise econômica, repercutindo como um efeito dominó na cidade.

Veja o documentário:




domingo, 10 de novembro de 2019

Vídeo: veja o discurso de Lula na Vigília após deixar a prisão política


  • Declaração da presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, sobre decisão do STF


Essa crueldade termina aqui, mas seguiremos lutando pela verdadeira justiça, que só virá quando for anulada a sentença ilegal de Sergio Moro. Lula merece justiça por inteiro”

Sem política, não existe economia... diz LULA ❗🤚🏻




Lava Jato viola lei para culpar Lula, diz professor de Harvard



Em entrevista, o antropólogo John Comaroff defende substituição do juiz Moro, para acabar com falta de isenção nas ações contra o ex-presidente Lula






Enfim, Lula Livre!

É Lula Livreeeeee❗🤜🤛





Depois de passar 580 dias na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, preso injustamente, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ganhou a liberdade na tarde desta sexta-feira (8). Ontem à noite, por 6 votos a 5, o Supremo Tribunal Federal (STF) votou contra a prisão de acusados em segunda instância.

Hoje cedo, o advogado do ex-presidente, Cristiano Zanin, reuniu-se com Lula e, ao sair da carceragem, disse que o presidente está confiante de que seu pedido de habeas corpus será aceito, já que é inocente. Em seguida, os advogados de Lula protocolaram um pedido de soltura para o ex-presidente. Algumas horas depois, o juiz Danilo Pereira Júnior autorizou a soltura para Lula.


https://nocaute.blog.br/2019/11/08/enfim-lula-livre/

Desde cedo, um pequena multidão se formou na porta da carceragem, na esperança de ver o ex-presidente em liberdade. Por volta das 15h30, a polícia começou a se movimentar em torno da Polícia Federal, organizando a imprensa, os militantes do Partido dos Trabalhadores, eleitores e admiradores do ex-presidente.
Por volta das 16 horas, Lula fez exame de corpo de delito e começou a preparar sua saída. Às 17 horas e 40 minutos, Lula apareceu na porta da Polícia Federal, livre!


quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Vitória de Lula no Nobel da Paz é certa


O Prêmio Nobel é administrado e concedido na Suécia e na Noruega por instituições dos próprios países. As cerimônias anuais ocorrem em Estocolmo, na Suécia, com exceção do Prêmio Nobel da Paz, que é entregue em Oslo, na Noruega.

A imprensa relata que Lula disputa com nomes como a ativista ambiental sueca, Greta Thunberg, o Papa Francisco e o cacique Raoni Metuktire


Porém, o prêmio Nobel da Paz pode ser dividido vários ganhadores.
Em 2011, ganharam  Ellen Sirleaf, Leymah Gbowee e Tawakkul Karman. As três dividiram o Nobel pela “luta não-violenta para a segurança das mulheres e pelos direitos à plena participação na construção da paz e trabalho
Em 2014, A paquistanesa Malala, de 17 anos, e o indiano ativista de direitos humanos Satyarthi, de 60 anos, venceram o prêmio pela luta contra a opressão das crianças e dos jovens
Em 2015, houve quatro ganhadores do Nobel da Paz. O grupo ganhou o prêmio por liderar o movimento de democratização da Tunísia
Com isso, sobe a chance de Lula ser contemplado porque acumulam-se as notícias de que o Instituto Nobel e a comunidade internacional querem apoiar a luta do ex-presidente brasileiro e se oporem ao regime nazifascista de Jair Bolsonaro.
Desse modo, mesmo que Lula não seja contemplado já é mais do que certa uma manifestação pela redemocratização do Brasil, com pedido de Lula livre e preservação da Amazônia. Aconteça o que acontecer na sexta-feira, Lula sairá ganhando.
Aliás, só o fato de Lula participar dessa disputa entre os melhores do mundo já é uma vitória estrondosa do homem mais caluniado e injustiçado da história do país.





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