Fernando Haddad, candidato à vice-presidência na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva e seu porta-voz, afirmou que a candidatura do ex-presidente é a antítese de tudo o que representam Temer e o PSDB.
“Qual é o problema do país hoje? Esse projeto do Temer e do PSDB. Porque quem dá sustentação para o Temer é o PSDB: todas as reformas – reforma trabalhista, do ensino médio, cortes nos programas sociais – são obra do Temer com o apoio do PSDB”, disse ele.
Haddad, que é coordenador do programa de governo de Lula, disse que o governo ilegítimo de Michel Temer criou uma profunda crise com a política de teto de gastos sob o argumento de ajustar as contas públicas.
Ele lembrou que os governos Lula foram campeões em ajustar as contas públicas sem prejudicar os de baixo, além de promover a inserção dos pobres no orçamento. De acordo com o ex-prefeito de São Paulo, o discurso da responsabilidade fiscal pertence ao PT – e não a seus adversários.
“Nós mantivemos superavit primário, ajustamos conta pública. Tivemos responsabilidade com futuro do país. Mas isso não significa afrontar direitos adquiridos. Precisamos fazer reformas sem sacrificar os mais pobres”, afirmou.
Segundo ele, promover a justiça fiscal e ampliar o acesso ao crédito são passos essenciais. “Precisamos liberar crédito para a população mais pobre para fazer a economia se movimentar”, defendeu.
Sobre a reforma da Previdência, ele relembrou que o presidente Lula sabe fazer ajustes sem prejudicar os trabalhadores. “Temer quis cortar aposentaria rural. Isso não é reforma, é afetar justamente os mais pobres, os trabalhadores do campo”, destacou.
Haddad ainda falou sobre a proposta de democratização da mídia e sobre os enormes avanços na área da educação no governo Lula.
Vice provisório na chapa de Lula, até que se resolvam as questões jurídicas da candidatura do ex-presidente, Haddad reafirmou que será um orgulho poder ceder a vaga de vice a Manuela D’Ávila (PCdoB-RS) quando Lula for confirmado candidato.
Ele ressaltou ainda o papel político de vice-presidentes, diferenciando Temer de José Alencar, vice-presidente de Lula nos dois primeiros mandatos. “Nunca vi o Zé de Alencar reclamar de ser vice, ele tinha um papel extraordinário. O Temer se declarou um vice decorativo pra impor uma conspiração e perpetrar um golpe de estado contra a presidenta Dilma”, completou ao lembrar que Temer se aliou ao PSDB para trair e consolidar o golpe, destacando a importância de não reeleger a base do governo golpista.
Ele afirma que a sigla está realizando todos os esforços para fazer cumprir o Código Eleitoral, que prevê que candidaturas sub judice têm as mesmas prerrogativas de quaisquer outras, e que portanto a Justiça deve liberar a participação do presidente do primeiro ao último debate de televisão ou rádio, bem como nas demais atividades.
“Lula já disse que se até o dia 15 acharem alguma prova contra ele, qualquer prova, ele se retira. Ele sabe que não há nada. Nós não podemos aceitar que um processo como esse tire da corrida presidencial a pessoa que mais pode trazer a esperança ao povo brasileiro de novo”, disse Haddad.
Do Portal Vermelho, com informações de agências
http://www.vermelho.org.br/noticia/313884-1
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