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domingo, 7 de outubro de 2018

Haddad sobre 2º turno: 'É bom para o Brasil porque haverá mais tempo de comparar projetos'

Segundo última pesquisa Ibope/Estado/TV Globo divulgada, candidato do PT tem 25% das intenções de votos válidos; ele votou em Moema, na zona sul de São Paulo

SÃO PAULO — Com um discurso de unidade nacional, o candidato do PT à Presidência Fernando Haddad disse que pretende ampliar a aliança em torno de sua candidatura para nomes além dos partidos políticos caso passe para o segundo turno da eleição. De acordo com o petista, a partir de agora seu adversário Jair Bolsonaro (PSL) vai ter que "se apresentar" para o debate o que, segundo ele, dá uma nova chance aos eleitores de comparar os candidatos.
"Vamos procurar ampliar para além dos partidos a nossa aliança. O momento agora exige que nós estendamos a mão para os brasileiros e brasileiras que independentemente de partidos queiram contribuir com a reconstrução democrática do País. Vamos procurar personalidades, pessoas que tenham uma biografia de serviços prestados ao País para ampliar e para governar com unidade pela reconstrução democrática do país", disse Haddad depois de votar na Brazilian International School, em Moema, bairro de classe média de São Paulo.
Moradores dos prédios vizinhos à escola fizeram um panelaço e gritaram o nome de Bolsonaro na chegada do candidato petista. Militantes do PT que foram ao local de votação com bandeiras e camisetas responderam com o grito de guerra: "bate panela, pode bater, quem tira o povo da miséria é o PT".
"Dia de eleição é normal este tipo de manifestação. Desde que seja pacífica não tem problema nenhum", amenizou o candidato.
Haddad demorou um minuto dentro da cabine de votação. Ao deixar a seção, acompanhado da mulher, Ana Estela, perguntou para os repórteres: “Aqui não tem biometria?” Ele mesmo, porém, votou com apenas com a carteira de identidade.
O candidato petista citou os nomes dos candidatos Ciro Gomes (PDT)Marina Silva (Rede) e Henrique Meirelles (MDB), seus ex-companheiros de ministério no governo Luiz Inácio Lula da Silva, ao ser questionado sobre alianças. 
"Eu tenho o maior respeito pelos  que concorreram no primeiro turno, sobretudo aqueles com quem eu trabalhei. Trabalhei com Marina, com Ciro Gomes, com o Meirelles no governo Lula. Tenho o maior respeito e admiração pelo trabalho que eles realizaram", afirmou.
Haddad insistiu na tecla de que no segundo turno Bolsonaro vai ter que se expor. Segundo ele, o candidato do PSL apelou para o voto útil antipetista na reta final da campanha para fugir da falta de propostas e dificuldade de enfrentar o debate político. 
"Teve um pouco de voto útil para tentar evitar o segundo turno. Ele tem muita dificuldade de debater. Não tem equipe, não tem projeto, entendo essa ansiedade para tentar liquidar a eleição hoje. Mas no segundo turno para o Brasil vai ser melhor", disse Haddad. "Sobretudo porque é um político profissional, tem 28 anos de estrada e pouco serviço ao país, que vai poder se apresentar com um pouco mais de clareza", completou o petista. 
Vítima de uma onda de boatos e notícias falsas espalhadas pelas redes sociais nos últimos dias, Haddad disse acreditar em uma campanha menos beligerante na segunda etapa da disputa. "Estou esperançoso de que tenhamos um segundo turno muito mais civilizado do que foi o primeiro".
Mais cedo, o ex-prefeito de São Paulo disse esperar um clima de tranquilidade neste domingo, de paz e de respeito às diversidades. Ele acredita que haverá segundo turno e "que isso é bom para o Brasil porque haverá mais tempo de comparar projetos".
Haddad também falou sobre cumprimentar Bolsonaro se ele ganhar a disputa pelo Palácio do Planalto. "Não é minha atitude (sobre Bolsonaro dizer que não o cumprimentaria). Sou um democrata desde que nasci. Vou ligar para quem quer que seja eleito. Na democracia você celebra a vontade do povo. Se a vontade popular se expressa livremente, é uma festa qualquer que seja o resultado", disse.

Manuela D'Ávila vota em Porto Alegre e diz que 2.º turno terá espaço para debate

Manuela D'Ávila (PCdoB), vice de Fernando Haddad (PT), votou no início desta manhã em Porto Alegre. O voto ocorreu no Colégio Santa Inês, bairro de Petrópolis. Junto com ela, estiveram presentes o candidato ao governo do Rio Grande do Sul pelo PT, Miguel Rossetto, sua vice, a vereadora Ana Afonso (PT) e a candidata ao Senado, Abigail Pereira (PCdoB).
"A expectativa para hoje é que seja um dia tranquilo para que o povo brasileiro e gaúcho tome a sua decisão no sentido de garantir que a saída para esta crise política passe pela democracia e pelo direito dos trabalhadores. O segundo turno certamente será um espaço para o debate de ideias e o povo brasileiro terá a oportunidade de comparar projetos e terá a chance de mais uma vez optar pelo caminho com desenvolvimento e valorização do trabalho. No segundo turno iremos precisar de mais força para derrotar aqueles que não defendem a democracia e os trabalhadores do Brasil ", disse aos jornalistas.
Logo após ao meio dia, a candidata Manuela D'Ávila embarca para São Paulo para acompanhar Haddad. / Murilo Rodrigues Alves

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