Presidente afirma que ‘questão física pode ser até simbólica’, mas, segundo ele, tema pode ser discutido no futuro
Redação - O Estado de S.Paulo
Bolsonaro também afirmou que deve visitar o presidente americano, Donald Trump, em março. “A princípio isso aí está pré-acertado”, disse o presidente brasileiro, ao citar encontro que teve com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, na véspera.
“Eu reconheço a minha posição, nós sabemos que o presidente Donald Trump é o homem mais poderoso do mundo, eu gostaria muito que nos visitasse”, afirmou.
Na entrevista, Bolsonaro voltou a falar sobre a proposta polêmica de transferir a embaixada brasileira em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém, decisão que causou reação de países árabes. O presidente reconheceu que alguns países “mais radicais podem tomar alguma sanção econômica”, mas disse que a situação é um reconhecimento da autonomia israelense em determinar onde deve ser sua capital.
"Não vou deixar de reconhecer a autoridade de Israel. Quem vai decidir onde vai ser a capital de Israel é seu governo e seu povo, e ponto final. Imagine se não tivéssemos ligações comerciais e diplomáticas com Israel, onde eu botaria a embaixada de Israel? Em Tel-Aviv ou Jerusalém? Botaria em Jerusalém. E qual diferença se por ventura nós resolvemos transferir a embaixada de Tel Aviv para Jerusalém? No meu entender problema nenhum”, disse.
Bolsonaro reafirmou que a decisão em relação a este assunto já está tomada. “Como disse o primeiro ministro de Israel: a decisão está tomada. Está faltando apenas definir quando ela será implementada.” Segundo o presidente, a decisão da transferência não saiu de sua cabeça. “Grande parte dos evangélicos são favoráveis à mudança da capital. Então, nós estamos atendendo aos anseios de grande parte da população”, afirmou.
Bolsonaro reafirmou ainda que pretende estreitar os laços comerciais com Israel. “Quero aprofundar as relações sim com Israel, do capitão Binyamin Netanyahu. Pretendo ser mais que amigo, pretendo ser irmão dele”, afirmou. “Bem como outros países também”, ressalvou, citando Hungria e Estado Unidos.
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