02 de outubro de 2018
Nesta terça-feira (02/10), o Partido dos Trabalhadores entrou com reclamação disciplinar contra o juiz Sérgio Moro junto ao Conselho Nacional de Justiça. O PT pede que o CNJ determine que Moro “se abstenha de reiterar a prática ilegal de levantamento do sigilo de todo e qualquer material , tal como documentos e depoimentos que, não sendo imediatamente imprescindíveis ao seguimento das ações penais, possam influenciar direta ou indiretamente no processo eleitoral de 2018“.
O documento denuncia o viés político das ações de Sérgio Moro, afirmando que “o juiz politiza expressamente sua jurisdição e decide de acordo com a situação política que lhe convém, beneficiando uns em detrimento de outros”. É o caso óbvio do despacho que confere publicidade a delações que não passaram pelo crivo do contraditório. A “imparcialidade” de Moro se modifica a depender de a quem interessam os atos processuais, não mantendo sequer coerência com suas próprias decisões.
Isso se comprova pela divulgação da delação sem provas de Antonio Palocci, apesar da decisão anterior do próprio Moro de remarcar dois interrogatórios com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, marcados para agosto e setembro, fundamentando sua decisão no intuito de “evitar exploração eleitoral” dos mesmos. Sabendo de possíveis repercussões positivas para o acusado, o juiz desmarca os interrogatórios. Ao mesmo tempo, divulga termos de interrogatório que sabe serem capazes de macular a honra do réu e influenciar o pleito eleitoral, ignorando o mesmo evitar da exploração eleitoral.
“O juiz reclamado, em sua postura errática, parcial e desproporcional, não teme colocar em risco todo o processo democrático ao levantar o sigilo, sem qualquer fundamentação adequada, de documentos capazes de interferir na disputa eleitoral”, diz a reclamação.
O próprio Moro afirmou que a delação não poderá ser utilizada na sentença do processo ao qual a juntou. Mesmo assim, ele levanta seu sigilo a seis dias das eleições.
Após julgado o mérito, a reclamação solicita que seja declarada ilegal a conduta do magistrado e que o mesmo se abstenha de levantar ilegalmente o sigilo de materiais não imprescindíveis que possam influenciar direta ou indiretamente o processo eleitoral. Solicita ainda que sejam tomadas as medidas cabíveis, com eventuais sanções disciplinares ao juiz, nos “exatos limites de sua eventual responsabilidade”.
Os farsantes
Os maiores responsáveis pelo freio na intenção de voto em Haddad são os tucanos. A tese de que o PT é extremista foi gestada por um grupo de intelectuais ligados ao PSDB, para tentar vender a solução "centrista" que eles supostamente representam.
Uma mentira. Apenas mais uma.
Os tucanos foram os articuladores do impeachment de Dilma. Não engoliram a derrota, nas urnas em 2014, da dupla Aécio Neves e Aloysio Nunes. Um está recolhido, pois foi desnudado na canalhice e corrupção. O outro vê o seu ocaso político como chanceler do governo de vigaristas e oportunistas do Temer. Você, meu leitor, já se esqueceu dos advogados do impeachment pagos pelo PSDB? Janaína Paschoal e Miguel Reale Jr.?
Os tucanos sustentaram politicamente esse governo que é, hoje, rechaçado pela quase totalidade do país, notabilizado pela sua agenda ultra-liberal contra o mundo do trabalho.
Outra contribuição (sic) dos tucanos à democracia nacional foi a invenção de João Doria Jr, esse vivaldino embusteiro, que agora pretende governar o Estado de São Paulo, depois de enrolar alguns meses na prefeitura da capital.
Hoje derrotados politicamente, os tucanos, que se aliaram na eleição presidencial ao lixão da política nacional, sacaram do arsenal de mentiras essa máxima: é preciso livrar o país dos extremos.
Os governos petistas, malgrado seus erros, foram governos impecáveis na defesa da democracia e da república. Os direitos da cidadania avançaram e foram realizados programas inovadores de inclusão social. O que há de extremista nisso?
Tudo uma farsa.
Montados em um tempo gigantesco, de inserções nos rádios e TVs, os tucanos, esses adversários da democracia e cúmplices do oportunismo, mais uma vez misturam e embaralham o jogo político, visando seus interesses próprios.
Caso o ex-capitão, truculento, misógino e incompetente, se viabilize, essa conta é, por mérito e infâmia, apenas do PSDB.
Vamos em frente, com Haddad e Manuela. Temos uma chapa que reúne juventude, inteligência e competência. Se o país escolher outro caminho que arque com as consequências de sua escolha desastrada.
Assim é a vida.
Assim é a política.
O resto são fardas e farsantes.
Assim é a política.
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