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sábado, 13 de outubro de 2018

Em Cuiabá, Bolsonaro se diz contra terra para índios (mas usa imagens de índios na campanha sem autorização) e cota para negros

Deputado afirma que num país de miscigenação não pode haver privilégios.
Índios devem ser integrados à sociedade, defendeu parlamentar.


Em Cuiabá, o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) disse ser contra a vitimização de negros, gays e índios e cotas para afrodescentes. Segundo ele, o país é de miscigenação e, por isso, não deve haver privilégios para  determinadas pessoas                                                                                 Jair Bolsonaro (PP-RJ) em entrevista à RádioCentro América FM (Foto: Natália Lorentz/G1)                     
 Ele participa de alguns eventos na capital, nesta sexta-feira (13).
"Não sou contra negros. A minha briga é contra cotas. Somos um povo miscigenado, somos iguais e não podemos criar privilégios", frisou, ao passo que defendeu a integração dos índios aos 'brancos'. Na avaliação dele, o país corre o risco ao reservar grandes áreas de terra aos indígenas.
"Temos uma área maior que a região Sudeste demarcada para índios e os índios devem ser integrados a nós. Criamos em 1985, no final do governo [José] Sarney, o projeto Calha Norte para vivificar o Norte do nosso país e agora está demarcada como terra indígena. Estamos perdendo toda a região Norte por pessoas que não querem se inteirar do risco que estamos tendo de ter presidentes índios com borduna nas mãos", declarou.
Uma das jutificativas apresentadas por ele contra a destinação de áreas para comunidades indígenas é o "prejuízo para o agronegócio", além de prejudicar outros interesses comerciais.
"A política ambiental é péssima em nosso país. Se quiser fazer uma hidrelétrica, em Roraima ou no Valdo Ribeiro, por exemplo, é impossível, tendo em vista a quantidade de terra indígenas, quilombolas, estação ecológica, parques nacionais. Tem que colocar um fim nessa política xiita que está sufocando o Brasil", afirmou o parlamentar.
Em entrevista à Centro América FM, nesta sexta-feira (13), Bolsonaro alegou ter votado a favor do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) a presidência da Câmara dos Deputados por falta de opção. Afirmou que a ideia era votar contra o PT. "Voto em qualquer um contra o PT, porque o PT tem um projeto absoluto de poder, dentro desse contexto", declarou.
Também se manifestou sobre a chegada de estrangeiros no país, que, na análise do parlamentar, pode fazer parte de uma estratégia do atual governo para se perpetuar no poder com a suposta ajuda de imigrantes.
"São 44 mil haitianos no Brasil e a Dilma Roussef escancarou a porta para os refugiados do norte da África por volta de 11 mil cubanos que tem seus familiares como reféns em Cuba. Não podemos nos esquecer que esse pessoal que, após a cassação do governo João Goulart, por parte do Congresso Nacional, sumiu do Brasil e grande parte foi para Cuba", enfatizou.
Militar da reserva, Bolsonaro foi eleito deputado pela sexta vez no ano passado. É conhecido pelas declarações polêmicas sobre temas delicados, como o homossexualismo, racismo, ditadura militar. Inclusive, já foi condenado pela Justiça por declarações homofóbicas.

http://g1.globo.com/mato-grosso/noticia/2015/11/em-cuiaba-bolsonaro-se-diz-contra-terra-para-indios-e-cota-para-negros.html

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