10 de agosto de 2018
“Não vamos abrir mão do Lula porque o povo não abriu mão dele”, diz Haddad
Lula quer exercer direito de ir aos debates. Haddad e Gleisi garantem que PT vai até o fim para garantir candidatura.
Em entrevista após visita ao ex-presidente nesta sexta-feira (10/08), na sede da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, Fernando Haddad, vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e Gleisi Hoffmann, senadora e presidenta do PT, reafirmaram que Lula é candidato e tem direito de participar de debates. Gleisi reiterou que, no dia 15 de agosto, a chapa Lula/Haddad será registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A senadora assegurou ainda que Haddad será o porta-voz de Lula enquanto o mantiverem como preso político, viajando pelo Brasil para ecoar as propostas do ex-presidente.
Gleisi declarou que o PT irá tomar todas as medidas necessárias para Lula participar dos debates, garantindo que os direitos políticos do ex-presidente sejam cumpridos. “É uma violência contra Lula e contra o povo brasileiro não deixar que o candidato mais votado participe dos debates”, afirmou. Gleisi lembrou que “é um direito de Lula estar em todos os debates. Lula não tem seus direitos políticos suspensos. Ele tem direito de se defender. Nós vamos insistir, e não vamos ficar sem fala, sem voz. Se proibirem Lula, Haddad estará presente e nós teremos nossos projetos representados”.
Fernando Haddad afirmou que “lutar pela participação de Lula nos debates vai permitir que as pessoas ouçam suas propostas e que os adversários façam suas perguntas. Lula está sendo censurado no seu direito de expressão. A disposição dele é de brigar pelo seu direito de se apresentar ao eleitor”. O porta-voz de Lula apontou ainda que lutar pela participação do ex-presidente aumenta inclusive a audiência dos debates. “Ele quer fazer a disputa olhando nos olhos do eleitor e dos adversários. Ele tem o desejo de enfrentar qualquer questionamento”.
Haddad, porta-voz de Lula, disse ainda: “Lula é a pessoa capaz de retirar o país dessa crise. Lula é a volta do desenvolvimento com inclusão social”. E completou: “Estamos falando de respeito à democracia e à vontade popular”.
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